As estratégias para implementação de ações e programas de Educação Sócio-ambiental estão agrupadas em quatro conjuntos:
Estratégias gerais;
estratégias do setor empresarial,
estratégias do poder público;
estratégias direcionadas aos catadores.
Estratégias gerais
Elaborar um glossário para unificar conceitos básicos e terminologias;
Formar, capacitar e valorizar os profissionais e agentes multiplicadores envolvidos nos programas educativos, nos diversos setores da sociedade e do governo;
Priorizar a capacitação dos participantes das iniciativas já existentes de coleta seletiva solidária;
Realizar gincanas, olimpíadas, feiras culturais, oficinas de artesanato e arte;
Elaborar campanhas e materiais para divulgação (folhetos, cartazes etc.);
Organizar fóruns de discussão, cursos de capacitação, seminários, debates, eventos culturais; desenvolver material educativo e a abordagem porta-a-porta etc.;
Organizar visitas monitoradas a centros, associações e cooperativas de triagem e de compostagem, a aterros sanitários e a outras unidades de aproveitamento e tratamento de resíduos;
Definir estratégias educativas de médio e de longo prazo;
Estimular ações que inibam o descarte ilegal;
Articular as iniciativas já existentes e difundir experiências de educação socioambiental;
Realizar planejamento estratégico participativo com gestão compartilhada, para garantir a implementação das ações educativas;
Obter o apoio da mídia, sobretudo da televisão, salientando a importância de seu comprometimento com a educação;
Formular propostas para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de forma a responsabilizar os geradores de resíduos.
Estratégias do setor empresarial
Estimular parcerias entre empresas e catadores para a gestão de resíduos sólidos com educação socioambiental;
Fornecer infra-estrutura para a implantação de Postos de Entrega Voluntária — PEVs de materiais recicláveis e contratar catadores para atuar como educadores nesses postos;
Apoiar programas públicos de formação de agentes socioambientais;
Apoiar programas e ações educativas na esfera civil, coordenados por atores da sociedade, não vinculados a interesses de mercado, através da criação de um fundo empresarial e de outras modalidades de captação de recursos;
Promover eventos segmentados para pequenas, médias e grandes empresas, para estimular o engajamento com o Programa Coleta Seletiva Solidária;
Participar efetivamente da educação socioambiental na sua comunidade, envolvendo os funcionários das empresas;
Estimular as empresas a realizarem pesquisas sobre o ciclo de vida de seus produtos;
Criar um fórum de associações e de sindicatos patronais para o fomento de sistemas de coleta seletiva solidária e de outras ações de educação socioambiental;
Incentivar as empresas para o desenvolvimento de programas e ações de educação voltadas para os três Rs e para a inclusão social dos catadores;
Ser exemplo na destinação final de seus materiais e divulgar informações sobre a reciclabilidade desses materiais;
Desenvolver discussões junto ao setor empresarial sobre as Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Resíduos Sólidos;
Contribuir de forma efetiva, criando espaços de discussão, na elaboração das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Resíduos Sólidos;
Implantar um programa de coleta seletiva nas empresas que envolva associações e cooperativas de catadores;
Divulgar instrumentos que habilitem as empresas como instituições social e ambientalmente responsáveis;
Divulgar mensagens de conteúdo educativo, nos produtos, voltadas à economia solidária e à sustentabilidade ambiental;
Engajar as empresas na reciclagem dos produtos fabricados;
Engajar as empresas no desenvolvimento de pesquisas sobre o ciclo de vida dos produtos, que possam ser utilizadas para eventual redefinição de procedimentos e práticas produtivas;
Desenvolver um debate público no meio empresarial para divulgação da Plataforma de Educação Socioambiental do Programa Coleta Seletiva Solidária.
Estratégias do poder público
Implementar programas de capacitação para educadores da rede pública municipal e estadual;
Articular o conteúdo do Programa de Educação Socioambiental da Prefeitura com o do Governo do Estado;
Garantir recursos públicos para fazer diagnóstico participativo;
Criar e integrar conselhos de representantes das Subprefeituras, e instrumentalizá- las para a educação socioambiental através dos planos regionais;
Promover diálogo permanente entre as Subprefeituras, visando à implantação, difusão e acompanhamento dos programas educativos;
Participar da elaboração das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Resíduos Sólidos;
Utilizar espaços públicos para atividades de educação socioambiental;
Desburocratizar o sistema licitatório dos órgãos públicos;
Estimular e integrar os diversos setores do poder público na implementação de programas educativos;
Incorporar programas de educação socioambiental nos Planos Regionais das Subprefeituras (planos diretores regionais);
Incorporar informações sobre sistemas de coleta seletiva solidária em materiais informativos sobre meio ambiente e nas contas de água e de luz;
Desenvolver parcerias com empresas privadas e com universidades para a formação dos educadores da Secretaria Municipal de Educação e de outros órgãos públicos;
Articular um fórum de discussão entre as três esferas de governo, para a discussão das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de resíduos sólidos;
Capacitar técnicos do poder público municipal e estadual para os programas educativos;
Contratar ONGs e cooperativas de catadores pela Secretaria de Serviços e Obras e/ou Secretaria de Desenvolvimento do Trabalho e Solidariedade para formação de catadores;
Contratar bolsistas do programa social da Secretaria de Desenvolvimento do Trabalho e Solidariedade para a divulgação porta-a-porta do Programa de Coleta Seletiva Solidária e das atividades educativas;
Envolver as entidades, ONGs, associações ambientalistas na divulgação das propostas da Plataforma de Educação Socioambiental do Programa Coleta Seletiva Solidária;
Atuar em rede com o comércio, com as Subprefeituras de São Paulo e com a sociedade civil, nos locais onde haverá centrais de coleta seletiva solidária;
Garantir a execução de programas educativos em todas as secretarias da Prefeitura e criar uma coordenação intersecretarial para implementar os programas de educação socioambiental na Prefeitura de São Paulo;
Integrar outras atividades e programas das secretarias, relacionados com a questão.Estratégias para implementação de ações e programas de Educação Socioambiental
Estratégias dos catadores e catadoras
Promover a conscientização e a valorização do catador;
Elaborar plano de educação socioambiental tendo como referência exemplos concretos da atuação dos catadores e de suas associações e cooperativas;
Promover troca de experiências entre as organizações dos catadores, para a valorização profissional, através de cursos de capacitação, de visitas a empresas recicladoras, entre outras;
Criar equipes, nas cooperativas e associações, para a formação dos catadores;
Desenvolver cursos de diversificação da coleta seletiva e de reaproveitamento de materiais sob a forma de arte e artesanato, para ampliar os ganhos dos catadores;
Estimular a sensibilização da população sobre os benefícios sociais e ambientais da coleta seletiva, capacitando-a, através de ação porta-a-porta dos catadores;
Explicar a cadeia produtiva, o ciclo de vida dos produtos e as possibilidades que os materiais oferecem;
Desenvolver processos de formação, em diversas competências, dos catadores que fazem triagem, para atuarem simultaneamente como educadores, agentes ambientais e profissionais de reciclagem;
Promover a criação de espaços nos centros de triagem e nas cooperativas de catadores, para receber a população.
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